
A instrumentação cirúrgica é uma área especializada da saúde que envolve o manuseio, a preparação e a manutenção de instrumentos cirúrgicos durante procedimentos médicos. É uma função essencial em qualquer ambiente hospitalar ou clínico que realiza cirurgias, garantindo que os instrumentos estejam esterilizados, organizados e prontos para uso pelos cirurgiões e pela equipe médica. No Brasil, essa profissão é regulamentada e desempenhada por profissionais qualificados, geralmente técnicos em instrumentação cirúrgica.
Funções principais do instrumentador cirúrgico:
- Preparação do ambiente cirúrgico: Organizar a sala de cirurgia, dispondo os instrumentos de forma acessível e funcional.
- Esterilização e manutenção: Garantir que todos os instrumentos estejam devidamente esterilizados e em perfeitas condições de uso.
- Auxílio durante o procedimento: Passar os instrumentos ao cirurgião de maneira ágil e precisa, além de monitorar o uso correto dos equipamentos.
- Controle de materiais: Verificar a quantidade e o estado dos instrumentos antes, durante e após a cirurgia, evitando perdas ou danos.
- Conhecimento técnico: Compreender os diferentes tipos de instrumentos e suas aplicações específicas em cada tipo de cirurgia.
Formação e regulamentação no Brasil:
No Brasil, a profissão de instrumentador cirúrgico é regulamentada pela Lei nº 14.021/2020, que estabelece a obrigatoriedade de formação técnica para o exercício da função. Os profissionais geralmente precisam:
- Ter formação em curso técnico de Instrumentação Cirúrgica, reconhecido pelo MEC.
- Estar registrados no Conselho Regional de Enfermagem (COREN), já que a instrumentação cirúrgica é considerada uma especialidade da área de enfermagem.
Importância da profissão:
A instrumentação cirúrgica é crucial para o sucesso de qualquer procedimento cirúrgico. Um instrumentador qualificado contribui para:
Tipos de instrumentos cirúrgicos:
Os instrumentos utilizados variam de acordo com o tipo de cirurgia, mas podem ser categorizados em:
- Corte e dissecção: Bisturis, tesouras cirúrgicas.
- Preensão: Pinças de diferentes tipos, como pinças hemostáticas e pinças de tecido.
- Separação: Afastadores, como os de Deaver ou Farabeuf.
- Sutura: Agulhas cirúrgicas e porta-agulhas.
- Outros: Clamps, aspiradores, e instrumentos específicos para cirurgias especializadas (ex.: ortopedia, neurocirurgia).
Desafios da profissão:
- Alta responsabilidade: Qualquer erro pode impactar diretamente a vida do paciente.
- Pressão e ritmo intenso: Cirurgias podem ser longas e exigem concentração constante.
- Risco de contaminação: O contato com materiais biológicos exige rigorosos protocolos de segurança.